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17 de julho de 2009

Prefe-errência


Tem muita gente (boa) que evita usar broncodilatador (fenoterol - Berotec®, salbutamol - Aerolin®, terbutalina - Bricanyl®, etc.) para suas nebulizações com medo das reações adversas (que são conhecidas e controláveis nas dosagens corretas) e passam a usar somente brometo de ipratrópio* (Atrovent®) para as crises asmáticas.
Perdem, assim, um remédio vital para a recuperação da falta de ar (mas que deve ter seu uso preservado para momentos de maior necessidade – é como o dinheiro da poupança) e ganham, assim, um medicamento de ação muito discutível para estes mesmos momentos.
(Muitas mães, ao testarem elas mesmas a nebulização ou a “bombinha” que fariam para seus filhos “passam mal”, ou seja, experimentam as reações adversas – que muitas vezes seus próprios filhos não experimentariam, por serem organismos diferentes – e concluem: “Este remédio é muito perigoso!” e... Tchau, tchau, remédio ainda interessante nos dias de hoje!)
* O ipratrópio também pode ter suas reações adversas “perigosas” (inclusive, veja você, broncoespasmo, ou seja, piora da função respiratória em cerca de 10% dos pacientes). Mas, pela ausência quase sempre do efeito assustador da taquicardia, tem a preferência do “eleitorado”.
** Não adianta: historinhas como as da ilustração acima são mesmo mistificadoras da asma e dos medicamentos a ela associados. Por isso tanta gente tratada de forma inadequada. Por isso tantos tratamentos “naturais”, impedindo ou atrasando a melhora dos pacientes.

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