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18 de setembro de 2015

Maré Baixa, Grandes Ventres



Muito difícil fazer previsões sobre para onde vamos com essa descida ladeira abaixo da economia brasileira.
Uma certeza, no entanto, podemos ter:
Do grande aumento da incidência da obesidade e das doenças metabólicas associadas (ambas já de incidência elevadas "pré-crise").
Qualquer um de nós submetidos a pressões cotidianas tendemos a "afogar ansiedades" na comida. Com raras exceções. Nem sempre interessantes essas exceções, pois outros desafogos são ainda piores (violência, álcool, drogas, etc.). Comidas que se prestam a aliviar ansiedades não são as mais saudáveis (e há explicações fisiológicas para isso). Não conhecemos ninguém que se acalme roendo uma cenoura, por exemplo (exceto os coelhos).
Além disso, comidas mais saudáveis costumam ser mais caras, o que agrava o ciclo comilança-insatisfação-ansiedade-mais comilança. Nosso organismo foi feito para se satisfazer no curto prazo (na hora de comer) com comidas calóricas e pouco nutritivas, e no longo prazo com nutrição de verdade (e quando essa nutrição de qualidade não vem, nosso corpo pede sempre mais).
Outros fatores contribuem para o "desastre metabólico": o desligamento das academias, escolinhas esportivas por medida de economia doméstica; a diminuição das opções culturais e de lazer (que preenchem mais que a comida, mas para quem já tem o básico); o menor acesso a profissionais de saúde (conselheiros - pelo menos - na questão alimentar ou relacionada).
Na semana passada, a notícia da economia foi o rebaixamento do Brasil para nível "junk" ("lixo"!) de investimento internacional. E lá vamos todos nós nos acalmar ingerindo "junk food"!...